quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Arte de Poetizar


Brinco de esconde-esconde com as palavras
Na mente ponho asas e começo a poetizar
Como uma nascente, as palavras são fluentes
E na pagina em branco começam a deleitar
No manso regato das margens de uma folha
Que do branco véu até então seco
Encharco com a tinta de minha caneta
E de letra em letra começa a transbordar
São palavras simples e singelas
Pra falar das amizades, dos amores e das donzelas
Falo da natureza, da beleza, da vida
E da morte não tem como fugir
Na tem como fingir as dores da humanidade
Da saudade que aperta no peito
E do coração que bate sem jeito
As alegrias, as tristezas, os alentos e desalentos da humanidade
Deixo todos os sentimentos num de risco de caneta
Fazendo cicatrizes no papel
Curo a ferida da alma que chora
Curo a saudade do peito que devora
Curo a solidão inseparável, insondável...
Com caneta e papel na mão trago de volta a infância
O doce da criança que corria pelo ribeirão
Trago o passado saudoso do vovô
Que numa cantiga de folia fazia a nossa alegria
Imagino o futuro, ansioso de como será
O mundo e as poesias que pelas nossas crianças virá
Mas fico no presente tentando me presentear
De amigos e amizades, de amores e saudades
Que não querem se apagar
Vivo a vida do dia a dia
Vivo a correria dos dias modernos
Não uso gravata, não uso terno
Sou apenas mais um pequeno do gigante universo
Que encontrou no poema e nos versos
Uma razão, um motivo e uma paixão
Pra traduzir em simples palavrasA arte de poetizar.


R. Leal

Um comentário:

  1. Creio que você também sente Poesia...
    Parabéns Ronaldo, a simplicidade pode não ser o maior "dizer", e eu concordo com isso, mas pode transparecer a maior qualidade da alma, o que é muito mais Humano.

    André.

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